terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

hei-de ir ao teu encontro mas armado até aos dentes, para te matar todas as vezes necessárias

the outsiders - REM


a

sei de uma pessoa que já deve estar cansada de se sentir cansada,
como quem sente a solidão de estar sempre a fugir dos outros.

ressentimentos

voltar a visitar o único sítio onde não guardei ressentimento. ressentimento do tempo perdido com aquela mulher. vou voltar a nova york. como não vou sozinho, vou tentar não ficar só no meio dos outros. não me parece que exista prémio para o maior fugitivo do mundo, portanto esta competição não tem grande sentido.
logo se verá, em todo o caso é sempre boa ideia voltar àquele lugar.

onde não estou

há um restaurante numa terra muito a sul no chile com fotos de jornal do allende, do vitor jara, com planisfério e com comidas de caranguejo e vinho bastante bom. de repente deu saudades de não estar por lá. longe.

limpo o cú com isso da crise, mas em boa verdade emociona-me ver a justiça numa foto

corpo livre

existe calma, paz, silêncio nos corpos dos outros, que nos são emprestados por instantes? existem corpos emprestados por instantes, só invólucros, só carne e matéria? já agora, só sexo? a alma está colada na pele e vê-se em corpos emprestados? ou está dentro de dentro do dentro e nunca se verá? nem em 100 anos a acordar ao lado?
existe corpo para lá dos sentimentos, preconceitos, amores, culpas?
suponho que é uma questão de se praticar com afinco e regularidade, é como marcar livres directos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

it turns out wanting something doesn´t make it real


tira roubada algures, o título já não

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

só quem morreu na fogueira sabe o que é ser carvão

qualquer um que se dedicasse a coleccionar as histórias de amores e desamores que se vão ouvindo por aí dava uma espécie de santo da igreja cruzado com prémio nobel.

o escocês com 3 filhos que chega a casa e vê a mulher à porta com o vestido de noiva com que se casaram... ia a sair de casar para casar com outro gajo qualquer.

o gajo que no comboio liga à namorada com quem vive há 5 anos, diz que se sente mal, que não vai para casa. e nunca mais se viram e nunca mais falaram um com o outro.

a gaja que na semana antes do casamento arrepende-se e cancela tudo, passados uns meses casa com o director financeiro, chefe do ex-noivo.

a gaja farta de o namorado estar no estrangeiro, diz que se despede, que larga tudo e vai para lá. mas ele não quer e fim de história, parece que já vivia com outra pessoa e esqueceu-se de avisar.

o gajo que vai visitar a namorada a fazer um doutoramento noutro canto da europa. chega e no aeroporto ela diz que acabou. ele com uma semana de férias pela frente ali naquele inferno.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

em geneve conheci uma frase que vale a pena

Arrêtez les bombes lacrymogénes
nous, nous pleurons tout-seuls