terça-feira, 30 de dezembro de 2008

desejos para 2009

Venham mais mouras e celtas, vândalos, poetas

marquises de alumenos, romenas, ciganas, mas mais indianas

florbelas, cancelas abertas sem condomínio

rui reininho

leitor, faz de conta que isto é um sms especialmente para ti

bom coiso, quer dizer ano! gasta-lo todinho até ao último gomo!
a águia voará bem alto, vais ver!

desejos para 2009

1. que não me roubem outra vez o telemóvel
2. que desconhecidos não me voltem a levar a bicla
3. que não voltem a tentar assaltar-me a casa
4. paz no mundo e mais não sei quê

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

é urgente ver se entendo...

parece que existe uma epidemia de gripe... parece que as urgências estão a abarrotar por causa disso... parece que a gripe é causado por um vírus e não tem cura (não existe medicamento)... parece que as pessoas estão horas à espera para serem atendidas... por causa de uma doença para a qual não há resposta médica...
.
as perguntas
mas quem é que vai para as urgências de um hospital por causa de uma gripe?
(tirando crianças muito pequenas e velhores debilitados)
agora os médicos têm culpa de não haver cura? ou é culpa do governo?
porque é que o vírus atacou em força no dia 26/12 e não no dia 24 ou 25? é um virus muito respeitador da cristandade...
o pessoal usa as urgências como se fosse a mercearia, o chato é que alguém em estado grave pode bem entalar-se por causa desta estupidez colectiva

sábado, 27 de dezembro de 2008

eu tou no osso mas eu não me canso

definitivamente esta quadra natalícia resvalou para uma espécie de 150 horas party people, enfim, fica como homenagem ao fundador do primeiro movimento new age, nascido por estes dias faz mais de 2000 anos (só é pena aquilo em que se tornou o movimento, espero que não nos aconteça o mesmo).

2008

foto:AP

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

ironia em letras pequenas

Muito prático, bastante produtivo, com resultados, com coisas palpáveis.
Que pedalada! Que rentabilidade!
Hoje estou possuído pelo demónio dos tempos modernos.
A vertigem da velocidade e do ritmo e do sucesso e da mais-valia e do lucro e da eficácia e da competição e etc.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

à esquina

há bocado, ali na esquina da João Crisóstomo com a 5 de Outubro vi o kafka, achei estranho porque não sabia que ele tinha vindo morar para Lisboa, sobretudo porque vivia em Praga (salvo erro) e estava morto (salvo erro) até há pouco tempo. Enfim, o facto é que me cruzei com ele na rua. Foi uma cena Kafkiana, no meu entender.

falar sozinho com um monstro chamado eu

definitivamente não aprecio quando me deixas a falar sozinho. logo quando estou cheio de razão, salta pelos olhos dentro, com argumentos infalíveis e retórica imbatível, deleitado com a conclusão que as minhas palavras poderiam ter, fico a falar sozinho!
quer dizer, não me importo de falar sozinho, até aprecio falar sozinho, mas só se estiveres a ouvir porra!
a falar sozinho só comigo é que não. e não me digas que sou uma espécie de monstro egocêntrico, aliás não digas nada, ouve só. é que tenho coisas fantásticas para dizer. espera só que acabe a estupidez que está à superfície, deve passar num instante (aí uns 30.000 anos)

com quatro pedras de gelo sff, obrigado

a minha relação com o gin tónico ultimamente esfriou

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Porque é Natal, tempo de amor, harmonia e outros bons sentimentos (menos para os maricas claro)

PROPOSTA APRESENTADA NA ONU POR 66 PAÍSES
Article 1.
All human beings are born free and equal in dignity and rights. They are endowed with reason and conscience and should act towards one another in a spirit of brotherhood.
Article 2.
Everyone is entitled to all the rights and freedoms set forth in this Declaration, without distinction of any kind, such as race, colour, sex, language, religion, political or other opinion, national or social origin, property, birth or other status.
Article 3.
Everyone has the right to life, liberty and security of person.
Article 12.
No one shall be subjected to arbitrary interference with his privacy, family, home or correspondence, nor to attacks upon his honour and reputation. Everyone has the right to the protection of the law against such interference or attacks.
Considering
The International Covenant on Civil and Political Rights (adopted by General Assembly resolution 2200A (XXI) of 16 December 1966, entry into force 23 March 1976)
Article 17
1. No one shall be subjected to arbitrary or unlawful interference with his privacy, family, home or correspondence, nor to unlawful attacks on his honour and reputation.
2. Everyone has the right to the protection of the law against such interference or attacks.

POSIÇÃO DO VATICANO EM RELAÇÃO À PROPOSTA
"Apesar de manifestar o seu apoio no repúdio contra a violência e a discriminação penal em relação aos homossexuais, a Santa Sé explica que não subscreve o apelo porque inclui categorias como “orientação sexual” e “identidade de género” que “não encontram reconhecimento ou uma definição comum na lei internacional”.
Para a Santa Sé, se estes conceitos “fossem tomados em consideração na proclamação e implementação de direitos fundamentais, criariam uma séria incerteza jurídica e minariam também a capacidade dos Estado de aderirem ou reforçarem convenções e práticas sobre direitos humanos, novas ou já existentes”." - ecclesia

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

parece soar bem, mas no fundo talvez seja piroso

ainda não te conheci e já estou com saudades tuas

um gajo perde qualidades à velocidade dos dias a passar

com este novo blog nunca recebi hate-mail. não deve ser bom.

porque é que no supermercado da minha rua não se vendem livros de auto-ajuda?!

a minha vida é uma merda e a culpa é do comércio local

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

sociologia por cabo

após um intensa observação do comportamento da espécie é evidente que desde que apareceram as séries da fox as pessoas conseguiram:

substituir com sucesso relações com outras, pelos fantásticos enredos e episódios, arranjando uma companhia bastante simpática e muito em conta

substituir uma relação existente por outra muito mais interessante (fantásticos enredos e etc) sem o incómodo de ter de acabar com a relação anterior com os subsequentes problemas económicos, emocionais e etc

a sociologia é mais fácil que fazer sopa quando existe a fox!

domingo, 14 de dezembro de 2008

foder de uma certa maneira

a reler o texto aqui debaixo onde aparece uma expressão redentora "foder de outra maneira", fica a ideia de ditar umas palavras sobre.
mas de repente só me lembro da música dos REM, This one goes out to the one I love/This one goes out to the one I’ve left behind/A simple prop to occupy my time/This one goes out to the one I love.
são cascatas de ideias difusas atropeladas pelo peso de frases fortes. estou aliás quase seguro que continuando vamos chegar a algum lado, em jeito de crónica, mas sem a batota de apagar e refazer. ou então fica por aqui, fica a tentiva. como se pegar numa frase genial "foder de outra maneira" fosse garantia de continuação. fim.

Transa Atlântica, de Mónica Marques

«Um homem é um homem, nunca fala de coisas como traições, noites mal dormidas, desconfianças – limita-se a abrir a janela e a fumar um baseado, a foder de outra maneira, mais silencioso, vivendo por dentro a alegria da criação. Fica sozinho. Um homem a sério fica sozinho e não chora. Fica amargo, fecha os olhos e espera que passe como passam os aviões da ponte aérea Rio-São Paulo, a linha do horizonte sobre as ilhas, a neblina sobre a Gávea, a suspeita sobre a próxima traição. Espera, um homem espera como espera que desça a espuma no copo de chope, que termine a música na pista de dança, que as nuvens de mosquitos se afastem do caminho no meio da Praça Antero de Quental, que a mulher regresse a casa, isso é um homem a sério, um homem com os seus segredos.»


(não li mas vou ler)

work in progress e a fúria consumista

sax. catálogo fantástico com montes deles. belos. belíssimos. caríssimos. porca miséria. fuck christmas. qualquer dia.
já quase não me desagrada alguns tons que aqui vou fazendo.

clima assentimental

está demasiado frio em lisboa, demasiado frio para até para sentir qualquer coisa.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fuck Sundays - um dia na vida duma espécie de mujahedin - reloaded

13h30
Ao terceiro telefonema lá acordo e atendo. Almoço de família em casa dos meus avós, é melhor despachar-me.

13h35
Pequeno almoço é tudo o que estava á vista, arroz de pato, pasteis de nata e coca-cola, a cabeça ameaça implodir, o chão da cozinha cola-se à planta dos pés, está frio.

15h00
Lá consigo chegar, fui o último mas por pouco, os outros também estavam com ar de ressaca, ambiente domingueiro no estilo subúrbio de uma cidade a sério, uma coisa verdadeiramente cosmopolita. A minha avò pela segunda vez consecutiva não pergunta pela Cristina, a cena parece resolvida, ao menos na cabeça de dela. Em rigor não pergunta por ninguém, está lá no seu mundo de referências cruzadas chamemos-lhe assim, uma forma de alienação que tem a desvantagem de não ser voluntária.

18h00
A caminho de Lisboa o Porto mete um golo ao Setúbal... o dia está a começar a acabar mal. A digestão do pequeno-almoço está a provocar trânsito antes de chegar a Vila Franca, com o almoço logo em seguida a fazer máximos e a chamar nomes.

18h30
Sax alto, escalas, arpejos e improviso. No fundo uma forma sensível de conquistar um lugar no céu (para os meus vizinhos).

20h00
Jantar e um cinema...O gajo diz
I´m the coolest motherfucker who ever lived.

Fuck mondays

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

dia santo, dia de apreciar lésbicas com bom grunge

Whats up with what's going down
In every city, in every town

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

mind the gap between...

nunca mais é assim tanto tempo de intervalo para um gajo se deixar envolver digamos que sentimentalmente?
dá uma verdadeira sede de fugir, ainda dá essa sede.

a lida da casa

o jardineiro que há em mim (suponho que em todos nós existe um) demite-se sempre nesta altura do ano, e o que antes era vagamente um jardim fica, dia após dia, um matagal tão confuso como os estados de alma do respectivo proprietário.
é a chuva aliada à preguiça