terça-feira, 29 de abril de 2008

punk is not dead

que é que um gajo faz quando sai do escritório pela meia noite e tem uma reunião no dia seguinte às 9 da manhã?
demasiado fácil não é?
vai a um concerto de tributo aos the clash, evidentemente!
daqui a bocado quando chegar muito atrasado, vão entender. é que os the clash são um contributo importante para as partes boas do que somos hoje.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

ganda spot

às vezes a olhar para o que me acontece, e o que leio nos jornais e blogs que nos vai acontecendo, e o mundo em geral e etc. chego à conclusão que isto é tudo muito fixe, uma grande sítio e um grande tempo para ocupar o tempo que é a vida. bastante interessante isto pá! não trocava!

domingo, 27 de abril de 2008

25 Abril para sempre

Quando estive em Cabo Verde visitei o campo do Tarrafal, aconselho a quem queira ver a monstruosidade que aquilo era, Para ser uma barbárie não era preciso sequer ter lá morrido um, mas foram mais. Deixo aqui os nomes em jeito de homenagem...

Francisco José Pereira: Marinheiro, 28 anos (Lisboa, 1909 - Tarrafal 20 de Setembro de 1937)
Pedro de Matos Filipe: Descarregador, 32 anos (Almada, 19 de Junho de 1905 - Tarrafal, 20 de Setembro de 1937)
Francisco Domingues Quintas: Industrial, 48 anos (Grijó, Porto, Abril de 1889 - Tarrafal, 22 de Setembro de 1937)
Rafael Tobias Pinto da Silva: Relojoeiro, 26 anos (Lisboa, 1911 - Tarrafal 22 de Setembro de 1937)
Augusto Costa: Operário vidreiro (Leiria, ? - Tarrafal, 22 de Setembro de 1937)
Cândido Alves Barja: Marinheiro, 27 anos (Castro Verde, Abril de 1910 - Tarrafal, 29 (24?) de Setembro de 1937)
Abílio Augusto Belchior: Marmorista, 40 anos (?, 1897 - Tarrafal, 29 de Outubro de 1937)
Francisco do Nascimento Esteves: Torneiro mecânico, 24 anos (Lisboa, 1914 - Tarrafal, 21 (29?) de Janeiro de 1938)
Arnaldo Simões Januário: Barbeiro, 41 anos (Coimbra, 1897 - Tarrafal, 27 de Março de 1938)
Alfredo Caldeira: Pintor decorador, 30 anos (Lisboa, 1908 - Tarrafal, 1 de Dezembro de 1938)
Fernando Alcobia: Vendedor de jornais, 24 anos (Lisboa, 1915 - Tarrafal, 19 de Dezembro de 1939)
Jaime da Fonseca e Sousa: Impressor, 38 anos (Tondela, 1902 - Tarrafal, 7 de Julho de 1940)
Albino António de Oliveira Coelho: Motorista, 43 anos (?, 1897 - Tarrafal, 11 de Agosto de 1940)
Mário dos Santos Castelhano: Empregado de escritório, 44 anos (Lisboa, Maio de 1896 - Tarrafal, 12 de Outubro de 1936)
Jacinto de Melo Faria Vilaça: Marinheiro, 26 anos (?, Maio de 1914 - Tarrafal, 3 de Janeiro de 1941)
Casimiro Júlio Ferreira: Funileiro, 32 anos (Lisboa, 4 de Fevereiro de 1909 - Tarrafal, 24 de Setembro de 1941)
Albino António de Oliveira de Carvalho: Comerciante, 57 anos (Póvoa do Lanhoso, 1884 - Tarrafal, 22 (23?) de Outubro de 1941)
António Guedes de Oliveira e Silva: Motorista, 40 anos (Vila Nova de Gaia, 1 de Maio de 1901 - Tarrafal, 3 de Novembro de 1941)
Ernesto José Ribeiro: Padeiro ou servente de pedreiro, 30 anos (Lisboa, Março de 1911 - Tarrafal, 8 de Dezembro de 1941)
João Lopes Dinis: Canteiro, 37 anos (Sintra, 1904 - Tarrafal, 12 de Dezembro de 1941)
Henrique Vale Domingues Fernandes: Marinheiro, 28 anos (?, Agosto de 1913 - Tarrafal, 7 de Janeiro (Julho?) de 1942)
Bento António Gonçalves; Torneiro mecânico, 40 anos (Fiães do Rio (Montalegre), 2 de Março de 1902 - Tarrafal, 11 de Setembro de 1942)
Damásio Martins Pereira: Operário (? - Tarrafal, 11 de Novembro de 1942)
António de Jesus Branco: Descarregador, 36 anos (Carregosa, 25 de Dezembro de 1906 - Tarrafal, 28 de Dezembro de 1942)
Paulo José Dias: Fogueiro marítimo, 39 anos (Lisboa, 24 de Janeiro de 1904 - Tarrafal, 13 de Janeiro de 1943)
Joaquim Montes: Operário corticeiro, 30 anos (Almada, 11 de Setembro de 1912 - Tarrafal, 14 de Fevereiro de 1943)
Manuel Alves dos Reis (? - Tarrafal, 11 de Junho de 1943)
Francisco Nascimento Gomes: Condutor, 34 anos (Vila Nova de Foz Côa, 28 de Agosto de 1909 - Tarrafal, 15 de Novembro de 1943)
Edmundo Gonçalves: 44 anos (Lisboa, Fevereiro de 1900 - Tarrafal, 13 de Junho de 1944)
Manuel Augusto da Costa: Pedreiro (? - Tarrafal, 3 de Junho de 1945)
Joaquim Marreiros: Marinheiro, 38 anos (Lagos, 1910 - Tarrafal, 3 de Novembro de 1948)
António Guerra: Empregado de comércio, 35 anos (Marinha Grande, 23 de Junho de 1913 - Tarrafal, 28 de Dezembro de 1948)

uns liberais da treta

Nos últimos meses o preço dos bens alimentares tem sofrido sucessivos aumentos, a escalada promete continuar. vários sítios do mundo, que conheciam a pobreza agora voltam a conhecer a fome. dos inquéritos que tenho visto sobre a coisa a maioria das respostas são inacreditáveis, pede-se a intervenção do governo, a fixação de preços, o controle enfim...
Só que no meio disto... existem quotas de produção na Europa e na América, existem subsídios para plantar, para queimar, para colher, para etc, na Europa e na América. Um país pobre em África não consegue sequer produzir alimentos ao preço dos produzidos na... Holanda! Andamos com os nossos impostos a subsidiar uma coisa fascinante... a ineficiência da economia agrícola.
Nós pagamos o trigo 2 vezes (no pão e nos impostos) nos países pobres passam fome porque não o conseguem produzir ao preço do trigo subsidiado.
E se deixássemos de armar em Estalines da agricultura e experimentássemos deixar a coisa funcionar? Se com outras coisas resultou...

É Abril, cheira a liberdade

Conchita Morales
Viu los federales
Garbosos e não resistiu
Mandou todos à puta que os pariu
Anda Conchita
Carita bonita
Dá-me a tua mão
Viva a revolução
xutos

incomoda-te o cravo? é só uma flor...

terça-feira, 22 de abril de 2008

nazismo, toxicodependências, materialismo

Bento XVI evocou hoje a sua própria juventude quando, no âmbito da sua visita aos Estados Unidos, perante 30 mil jovens, se referiu ao nazismo como uma droga que, tal como a toxicodependência e o materialismo de hoje, é preciso repudiar (jornal Público)

aguarda-se as próximas analogias: escravatura-futebol-poluição, ou algo de género... ou qualquer coisa com homossexuais, não sei...
irrita quando a moralzinha destrói o essencial que se chama ética

manifesto meio futil meio bulímico

faz-me uma confusão do caralho aquelas gajas relativamente gordas a pequeno-almoçar folhados e cremes logo pela manhã. começar o dia a ver pessoas a enfardarem-se de forma inglória bule com o meu sentido estético. há formas sublimes de uma gaja se corroer, pela gula e pela bilha é que não. com nível sff. não conhecem o alcóol? outras drogas? o açúcar?!?!
(o mesmo para os gajos)

domingo, 20 de abril de 2008

TRÊS TRISTES TIGRES - O mundo a meus pés


o mundo a meus pés...
um semi-sol a espreitar-nos dos dias próximos
só para dizer que com a idade vou-me reconciliando devagar com os domingos

quarta-feira, 16 de abril de 2008

5ª lei da termodinâmica

os mind games e os jogos de dá e tira rebentam sempre nas mãos.
acho giro, acho bem, acho que devias vestir umas luvas

lusofonia não, é praia mesmo



à bolina atravessaram o Oceano e chegaram ao Brasil...
porque é que o avô do meu trisavô ficou especado a vê-los ir?
velho razinza! vê-se logo que era português.

gosto de maio, enfim gosto


é já a seguir

porque é abril

acôrdo ortográphico

depois de ler atentamente o tal do acordo concordo.
concordo porque os madeirenses vão poder finalmente escrever quilhómetros.
e lá em cima escrever que o prejunto de saves é bom com paum.

quanto à questão de se estar a violentar a língua, sou solidário, também já me aconteceu, mas não misturemos sexo com ortografia

quinta-feira, 10 de abril de 2008

ponto de ordem à mesa e ao mundo (bula mesa et orbi)



De vez em quando faz falta lembrarmo-nos da primeira lei da vida:
1º os pixies são a maior banda do Mundo.

As outras leis por serem mutáveis não têm a mesma relevância... tudo muda

quarta-feira, 9 de abril de 2008

o rapaz invisível

tinha uma vida perfeitamente regular, uma namorada nao sei quantos anos, uma vida perfeitamente lógica planeada e etc

um dia isso tudo desapareceu

a partir daí descobriu a beleza dos outros, a humanidade nos outros, a diferença nos outros, a procura

todos os dias o rapaz agradece ao destino a ideia de viver insatisfeito e curioso, sem peso, leve, invisível

a olhar-te espantado, o rapaz invisível

karma

A ouvir karma police, a ler phillip roth, a emocionar-me por tudo e por nada e por causa do gin ou da água tónica.
A pensar naquela gaja que deixa os miudos pequenos a jantar sozinhos, porque vai ao ginásio, talvez para esconder ser tão feia por dentro.
A pensar no gajo que pinta com café porque calhou assim.
A pensar em ter um bar.
Se não houvesse o feio como é que se gostava das pessoas que valem a pena?
A pensar.

domingo, 6 de abril de 2008

Lamentações de Jeremias

Chora amargamente de noite, e as suas lágrimas correm-lhe pelas faces; não tem quem a console entre todos os seus amantes; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela, tornaram-se seus inimigos.

(os textos bíblicos até têm umas tiradas bem tiradas. retirando do contexto, mas sem adulterar. que o adultério é um dos pecados mortais acho eu)

uma multidão de almas

e se em vez de esperar mudasses de táctica,
fizesses uma espera à utopia de ser feliz?
daquelas mesmo à antiga, com paus e pedras e já na próxima esquina
assumir que não passa de hoje
apanhá-la distraída numa esquina qualquer
assumir que queres ser feliz HOJE
(é que desconfio muito de pessoas indecisas)

começa por libertar-te do medo
e começa tudo de novo, as vezes que for preciso

chelas-barreiro

é certo que o socialismo não chegou à rua,
mas ao menos chegou ao rio
ou queriam uma ligação cascais-sesimbra?
houve quem dissesse que esta ponte
tem a vantagem de que teria de ser feita um dia
e tal como um dia o socialismo chegou às pontes
vai chegar às ruas
viva o barreiro e a dialética materialista e
a estupidez consumada destas linhas
amanhãs que cantam o caralho
é hoje que quero ser feliz
e pode ser debaixo da ponte

quarta-feira, 2 de abril de 2008

mensagem suspeita

de cada vez que recebo um mail meu o avast avisa...
suspicious message
não podia estar mais de acordo,
um tipo que manda mails a si próprio é suspeito